quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Passeio





 No passeio  de reflexos naturais, naquele parque que dá lugar às inúmeras visitas, observa-se o pormenor e traça-se o rigor.
Visualiza-se o perto, viaja-se pelo longínquo, guardam-se os simples momentos na mente complexa cheia de recordações  invadida por mais uma memória.
Sentem-se emoções e transmitem-se estas de forma espontânea, espelho da personalidade.
De forma alternada  contrastam-se sentidos e algo semelhante, o fluir de inspiração com as sensações marcantes.
Faz-se sentir certa nostalgia de um passado que já lá vai, marcando saudoso presente que se vai processando...
E a análise continua no panorama situado bem ao centro do movimento citadino. Respiro o ar de tranquilidade pausado pela agitação da água, pelo cântico das aves e a brisa corrente puxada pelo vento. Caem folhas e arrastam-se pela estação, é Outono e o Inverno não tarda a chegar...
Espreita o sol num acto intimidador; já se avista a lua, a tarde a passar...
Mais descrição.. Adio para uma próxima vez, vou embora, a realidade espera-me!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Breve partida

Estás de partida ? Senti que mal acabas-te de chegar...
Foi tão breve esta visita, tão pouca para matar as quantas saudades sentidas como uma eternidade.
Vejo esse sorriso desaparecer numa passagem desvanecida à medida que te vais afastando, quero gritar, fazer-te retomar caminho, parar o tempo... A minha voz num sussurro quase silencioso ditou as palavras que ecoavam no coração "Amo-te", fechando os olhos e apertando a rosa preta com o cheiro do teu perfume...
Limpei a lágrima congelada pelo frio que a rua agora fazia sentir e na escuridão da noite sem luar e brilho citadino, regressei a casa, à prisão de sentimentos, ao ponto do teu próximo regresso.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Todos os dias somos postos à prova de coisas simples e elementares que aos nossos olhos e reflexos são problematizadas sem razão de ser.
Vivemos numa sociedade inovadora, diversificada e actualizada, com "stocks" esgotados no que diz respeito aos consumos e abusos de consumo.
Numa socikedade modelada e que não foge à regra de modelar, sentimo-nos fantoches cumpridores e assíduos das várias tendências : a última geração de telemóveis, a nova colecção de sapatos, a múltipla gama de jogos, entre outras atractividades que passam napublicidade televisiva, nas revistas semanais ou placards afixados bem no centro da nossa atenção.
Ouvimos a nova música que passa inúmeras vezes na estação de rádio, alteramos a frequência e passa outra ainda mais cativante. Género pop, rock, comercial, são gostos e influências que funcionam como uma terapia e deste modo acabamos por ouvir e decorar a letra da canção.
Com imensa publicidade e 'transporte' de informação sabemos de uma exposição de arte, as vanguardas são expostas aos nossos olhos, desde Cézanne, Van Gogh, Picasso... Adoramos o quadro e a temática implícita, pois até combina com a nossa casa, até se reflecte com as nossas emoções.
Surge uma boa sessão de cinema que sabe tão bem, encantados pelo destaque , sozinhos ou numa afável companhia...
Seguimos uma boa leitura, o exemplo é o livro que tira o sono várias noites e deixa a expectativa do final.
Considerando que gostos são relativos , é do nosso próprio interesse e de vontade própria aquilo que ouvimos, lemos, vemos. Vamos ao encontro da actualidade? Talvez!
O que realmente nos deixa satisfeitos grande parte das vezesé a cultura, o saber e o conhecer quer de todos ou de cada um e isso é definitivamente relativo e progressivo.

Palavras para quê ?

Liberto-me nas palavras
Imagino nelas impossíveis
Atribuio-lhes certezas das minhas incertezas
Dou-lhes musicalidade num sentido único, o meu desabafo, o meu suspiro, a minha entrega e fidelidade...
Concentro nelas todos os meus valores do único pensamento, da única aprendizagem
Recebo deste modo o triunfo, certo mérito a coragem para continuar.

Fluir de sentimentos

Não sou mais uma imitação, digo isto porque não sou mais uma modelagem na nossa sociedade, o perfil perfeito ainda não existe mas há alguém que o afirma e em determinadas coisas até concordo. Todos nós, temos uma 'especialidade' que nos distingue, vai-nos destacando pelo nosso ponto forte..
Até podemos ser bons cozinheiros mas ter pouco jeito para limpezas domésticas; podemos ser bons cantores mas nada de dançarinos, somos incompletos mas isso não faz de mim, de ti, deles e delas incapazes perante N de coisas.
Eu cresço com as situações que a vida me coloca, com erros (motor de aprendizagem), ao ouvir um 'NAO' mas também cresço com afectividade e interacção com os lados positivos que a vida traz, com as pessoas que nela se englobam.
No entanto há pessoas que expandem sentimentos, assumem certo poder ..



 Sente-se o poder para amar e sermos amados. Transformamo-nos em objectos do amor, há a entrega, a dedicação e o suporte de duas vidas unidas que partilham o mundo, fazem ligação com o universo e em todos os momentos são o que numa vida continuarão a ser,  eles mesmos.
Não quero desiludir a pessoa que mais adoro neste mundo.Se pudesse gravava uma placa na tua alma a dizer "adoro-te" para tu nunca te esqueceres, nos maus e bons momentos, que vou estar sempre aqui.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quero uma ilha deserta, um verdadeiro paraíso terrestre, a liberdade partilhada, a distância do mundo e das rotinas... Quero o silêncio, a paz e tranquilidade, as múltiplas cumplicidades; Quero receber o máximo de ti e retribuir parte de mim. Venham os banhos em águas tropicais, o sol desde madrugada, a brisa em pele morena ao disfrutar do único fruto exótico, o meu grande vício.